domingo, 17 de outubro de 2010

Eu e minha nova família

Na minha nova casa, na época, além dos meus pais humanos e o Luiz, havia quatro cães: Petrus (um Boxer, o lider da matilha. Bastava um olhar dele para todos ficarem quietos); Shadow (um Labrador preto, o segundo no comando); Flash (outro Labrador, chocolate, muito problemático, tinha muitos problemas de saúde e era super invocado) e Vick (uma SRD, que foi minha paixão a primeira vista). 
Vick estava muito doente. Teve cinomose, que causou paralisia da cintura para baixo, mas tinha tanta força interior que me despertou uma vontade enorme em ajudá-la. Esqueci de falar também do papagaio e um montão de canarinhos e periquitos.
Nossa, era bicho que não acabava mais e a Silvana e o Luiz ainda resgatavam passarinhos doentes, mas cuidavam e soltavam novamente.
Aos poucos fui me acostumando a minha nova casa. A Silvana me ajudou muito, sempre carinhosa, me auxiliando nesta adaptação. Aonde ela ía, todos acompanhavam, mesmo a Vick que era carregada no colo.
Após tratamento com neurologista, Vick começou a fazer acupuntura. Lá fui eu junto. Fiquei muito feliz quando me levaram, mas tardiamente percebi que eu também iria passar por uma bateria de exames e vacinas. Doeu muito, mas apesar do incomodo, era para o meu bem.
A Vick fazia as sessões na clínica e em casa, Silvana fazia muitos exercícios com ela. Resolvi ajudar. Passei a mordiscar as patinhas de trás dela, sempre brincando e a incentivando a se movimentar, mesmo que fosse pouco. Coitada, era muito triste não poder andar e fazer as coisas sozinhas como nós.
Acreditem, depois de quatro meses ela começou a mexer o rabo e finalmente andou.Acho que foi um dos dias mais felizes da minha vida. Todos pararam para vê-la e a partir deste dia, nos tornamos inseparáveis.
Com este fato, minha mãe Silvana começou a perceber que eu tinha algo diferente.

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