terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Me morderam.....


Há três semanas fui mordido por outro cão. Aliás, cadela.
Eu estava no lugar certo, na hora certa, mas ela, não.
Era a socialização dos cães do INATAA.
Quando percebi já era tarde demais. Tava rolando no chão com ela.
Isto mesmo, era uma fêmea, mas das grandonas e nem fazia parte da matilha da nossa ONG!
Na hora, foi aquela confusão, até chegar a turma do “deixa disso”. As minhas queridas amigas e heroínas Kátia, nossa adestradora da ONG e a Fátima, da diretoria de TAA me ajudaram, mas, era tarde demais. Levei uma mordida na orelha, sangrou bastante e outra, maior ainda, no pescoço, que passou imperceptível até o final do nosso passeio.
Nossa, doeu, doeu, doeu..
Minha única preocupação no momento foi com a minha mãe. Logo olhei pra Silvana, percebi toda a sua angustia. Veio imediatamente, suas mãos tremiam demais, me limpou e me deu muitos beijos.
Coitado do Namour, também assustado não parava de me lamber, fazendo os “primeiros socorros”.
De repente, a doidona que começou a encrenca mordeu outra cadela...
Agora chega, está determinado que nenhum cão que não tiver passado pela avaliação de comportamento poderá frequentar as nossas socializações.
Mas, já estou pronto pra outra!  Opss... brincadeirinha...
Pra falar a verdade, to ainda traumatizado, mas passa logo, logo.
Fiquei de “molho” quase quinze dias.
Neste meio tempo parei para pensar um pouco sobre mordidas.
Conclui que elas podem ser tanto físicas como emocionais.
As físicas, apesar da brutalidade, são mais fáceis de lidar.
Já aquelas que recebemos de um amigo, relacionamentos ou até mesmo da nossa matilha, muitas vezes involuntariamente, no nosso dia a dia, são as mais difíceis.
Estas machucam muito mais, por que mordem o nosso coração.
Mas aprendi também que apesar do “tamanho” da mordida, ela sempre cicatriza de dentro para fora.